A sustentabilidade é um assunto presente em praticamente todas as camadas da sociedade, novas tecnologias, novas técnicas de produção e práticas agrícolas estão voltadas para a sustentabilidade. Ao longo dos últimos anos temos observado diversos fenômenos, entre eles a questão do crescimento da Internet que possibilitou que as pessoas, de maneira geral, pudessem “ter voz”, e isso tem afetado o mundo de diversas maneiras.
Mas aqui vamos falar especialmente sobre como a visão de mundo dos jovens de hoje está impactando nas decisões das empresas. Em 2019, pudemos observar os jovens se posicionando de maneira global em prol das causas em que acreditam.
Em setembro daquele ano, cerca de 4 milhões de jovens foram às ruas de mais de 130 países, incluindo o Brasil, para exigirem um posicionamento dos líderes políticos em relação ao impacto das mudanças climáticas, inspirados pela ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos.
Não estamos aqui fazendo nenhum juízo de valor sobre as polêmicas atitudes da adolescente, mas apenas utilizando estes fatos para uma análise desta geração.
O que pode ser visto é que esta geração não fala apenas das mudanças que os outros precisam fazer, mas na medida possível, realmente incorpora as mudanças na vida particular, por exemplo, em 21 de setembro de 2019, o jornal O Estado de São Paulo publicou uma matéria em que o menino de 14 anos, Gustavo Oliveira Antunes dizia: “Sinto que preciso ter essa responsabilidade. Em casa, separo o lixo e evito usar materiais plásticos”.
A própria Greta dá o exemplo ao optar pelas viagens de trem, uma vez que é adepta ao fenômeno de pessoas que não querem mais voar de avião, por conta do impacto ambiental; por isso, ao participar da Cúpula do Clima das Nações Unidas (ONU) – em Nova York, escolheu atravessar o Oceano Atlântico através de uma embarcação movida só com energia limpa.
E este retrato da juventude deixa evidente que a forma como essas pessoas agem e consomem produtos e serviços é de um modo muito mais consciente do que as pessoas de antigamente, conforme afirma o diretor do Instituto Internacional para a Sustentabilidade, Bernardo Strassburg: “Gerações mais velhas acreditam que o impacto das mudanças climáticas seja uma questão para um futuro longínquo. A nova geração parece estar mais consciente da gravidade do problema”.
A Revista Exame (nº21/ano53) publicou dados de uma pesquisa realizada pela consultoria Accenture, para analisar o comportamento de compra das pessoas. O estudo abordou 6.000 consumidores entre 18 e 70 anos, em 11 países de três regiões diferentes (América do Norte, Europa e Ásia). O resultado mostrou que 83% consideram importante ou extremamente importante que produtos tenham menor impacto ambiental, com possibilidades de reuso ou reciclagem.
Aliada a estas ideias de preservação ambiental, é evidente o crescimento do interesse da população por alimentação e produtos veganos.
Em uma pesquisa realizada pelo IBOPE em 2018, com consumidores acima de 16 anos, residentes em 142 municípios de todas as regiões do Brasil, apontaram alguns dados muito interessantes:
E foi por acreditar na importância deste fenômeno mundial que o empresário Antonio Jordão, Fundador da Ecolabel – Rótulos e produtos decorados, decidiu mudar o foco de seu negócio há quase 15 anos atrás, investindo em materiais, tintas e demais insumos compatíveis com essas novas exigências do mercado. Eliminando de sua linha os produtos que apresentavam um impacto negativo maior ao meio ambiente, como os rótulos auto-adesivos e focando exclusivamente no Heat Transfer e no In Mold Label.
Segundo Jordão, a discussão sobre a sustentabilidade não é assunto novo! Já no final do século XVIII, o economista britânico Thomas Malthus, tratava das questões relevantes de produção de alimentos, que crescia em progressão aritmética, enquanto o crescimento demográfico evoluía em progressão geométrica, sinalizando um grande risco futuro para a sociedade.
“De lá para cá muita coisa mudou. Aumento de produtividade no campo, industrialização, reduções populacionais por guerras e genocídios, entre outros fatores que possibilitaram um equilíbrio nestas questões cruciais para a humanidade e, aquele risco foi eliminado de forma eficaz. A fome no mundo hoje existe somente por razões políticas e não mais for insuficiência de produção de alimentos.
A questão atual, entretanto, é que esse equilíbrio está sendo lenta e progressivamente comprometido por ações que agridem o meio ambiente, afetando negativamente a continuidade daquele círculo virtuoso iniciado no século XVIII, que gerou abundância, desenvolvimento e riqueza, nunca antes vistos na história da humanidade.
As novas tecnologias em diversas áreas aumentaram a expectativa de vida e a população global atingiu níveis inimagináveis, trazendo novamente à tona a temática dos recursos possíveis versus desejos ilimitados do ser humano.
Há a consciência hoje em muitos países que não é mais possível tratar a natureza como temos tratado a partir da industrialização, pois corremos um sério risco de destruir ecossistemas importantes e gerar contaminações que podem afetar a produção de recursos relevantes para a continuidade da vida humana no planeta, e nem podemos desperdiçar os recursos naturais.
A Ecolabel acredita que a sustentabilidade é o grande objetivo a ser perseguido no momento atual da história da humanidade e por isso tem investido ao longo dos últimos 15 anos em soluções de decoração e em rótulos ecológicos. Sem abrir mão da qualidade fotográfica e de preços competitivos com as demais alternativas não ecológicas.
Temos a convicção que, assim como a sociedade conseguiu reduzir drasticamente o consumo de tabaco nos últimos 20 anos, conseguirá também eliminar do mercado produtos que contaminam e poluem o meio ambiente, além de provocarem desperdício de recursos naturais importantes”.